Estas trilhas de Grumari, são verdadeiros Oasis. Não entendo como os cariocas não conhecem toda beleza natural desse nosso Rio de Janeiro espetacular. O Brasileiro gasta rios de dinheiro para conhecer países mundo a fora e mal conhecem o lado incrível do Brasil.
Desde sempre amo fazer trilhas. Aqui na Zona Sul do Rio fiz várias quando as crianças eram pequenas, eles amavam. Agora que cresceram amam outras coisas, ainda bem que o esporte está entre elas. Tenho fé que a paixão deles pelas trilhas voltará!
Agora que o treinamento para o Iron70.3 passou e não tenho ainda novos objetivos de provas vou curtindo com o Alisson essa nossa nova fase da vida! Quem me conhece sabe que amo experimentar coisas novas e fazia tempo que queria experimentar os treinos coletivos de TrailRun junto com a galera da Assessoria. Clique em leia mais que vou contar tudo sobre esta trilha maravilhosa de Grumari
Aventuras no Trailrun nas trilhas de Grumari
Neste momento, meu objetivo no é me aventurar. É um estilo de treino bem bacana, recruta músculos diferentes e a melhor parte é realizado em meio a natureza. Conhecemos lugares incríveis.
O percurso teve distância de 12km e durou umas 4h30 começando e terminando na Praia de Grumari. Foi uma volta completa no paraíso que fica há 1h da minha casa e demorei 41 anos para ir conhecer. Um lugar sensacional para quem curte natureza e ar livre. Só tem um detalhe, não achei boa a sinalização e se não fossem nossos professores de Trail, com certeza, ficaríamos perdidos. Então se for pela primeira vez, vá com alguém experiente ou contrate um guia. Mas vá conhecer! Vale a pena.
O que vestir?
Essa foi uma das dúvidas que surgiram no nosso grupo antes de ir. Uso short, calça, meias longas? Tem muito mato, mosquito…? Vamos entrar numa mata/floresta precisamos nos sentir confortáveis. Aqui no Rio, a maior parte do ano é quente, prepare-se para suar bastante. Todas nós fomos de bermuda, top, blusa manga curta/regata, mochila pequena, tênis próprio pra trilha – é importante, fui com tênis de corrida em asfalto e escorreguei muito. Chinelo, nem pensar – Meia pode ser de cano longo, viseira é perfeita e óculos de sol também vale a pena levar.
Biquíni e canga vai depender do objetivo da viagem.
O que levar?
Protetor solar, repelente, viseira/boné, água, sanduiches (pão com manteiga ou amendoim ou queijo ou frango), bananada e paçoca gosto de levar por ser pequenas e caberem nos bolsos – varie entre coisas doces e salgadas.
O ideal é usar tênis de trail, com travas, facilita muito a pisada e não escorrega, bastão também é bem vindo, assim como a bolsa de hidratação.
Importante: Leve um saco plástico para carregar todo o lixo que produzir no percurso de volta contigo. Nunca, jamais jogue ou deixe lixo nas florestas que visitar.
Vale a pena levar um kit de primeiros socorros, bem pequeno e básico, com: remédio para dor de cabeça, antiséptico, gase, atadura pequena e o que mais desejar.
Importante saber que não vi nenhum local para comprar lanches, água, nada do tipo. Somente na volta quando chegarmos numas casas próximo a praia da Barra de Guaratiba é que vamos ter acesso a comprar lanchinhos e água.
Detalhes desta nossa aventura
No canto direito da praia de Grumari tem um estacionamento relativamente grande, mas para conseguir estacionar – principalmente final de semana e /ou num dia lindo de sol, precisa chegar cedinho para encontrar vaga. O estacionamento é pago. Quando fui (julho/2022) custou R$20,00 a diária.
Após estacionar, seguimos correndo pela estrada de asfalto por aproximadamente 1km até o início da trilha. Essa rua é mão dupla e estreita então vale lembrar as normas clássicas de boa conduta: Seguir um atrás do outro, no canto direito da via e na mesma mão dos carros.
Esse é o mapa do percurso que fiz com a galera da assessoria. Foram 12km em 4h20 de trilha. Vários tipos de terrenos, asfalto, areia, terra, rochas , mato e num total de 775 m de subida. A classificação é ligeiramente intensa.
Primeira parte da trilha é bem arborizada de subida e com pedras. Tem algumas bifurcações no percurso e muitas delas sem orientação do destino. Um pouco depois do 2km já tem uma bifurcação sem muitos detalhes, nós seguimos a bota com fundo amarelo. Nosso destino, a praia Funda surge após 3km de trilhas
Na Praia Funda, uma linda praia desértica – Aliás todas as praias que passamos estava praticamente deserta (fazendo jus ao apelido de praias selvagens). Logo após subir na pedra, tem um trecho em escalaminhada, com uma corda pra quem precisar.
Por mais alguns metros chegamos a um plato de rochas e mais uma miragem espetacular. Vale a pena fazer uma paradinha para as fotos antes de encarar um percurso cheio de rochas que deve ser feito com total atenção. A praia do Meio está logo após estas rochas, mais uma linda praia desértica após 4 km de trilha.
Aproveite o visual, a praia é incrível! Não fomos com a intensão de mergulhar, mas nesta hora fiquei com uma vontade danada de aproveitar esse mar. Nós atravessamos toda extensão de areia e iniciamos várias subidas em rochas, praticamente todas com ajuda de corda (que já tem no local) Quem é mais bicho solto, consegue subir tranquilamente escalando a rocha (sem corda)
Após toda subida vem um plano de terra batida e logo avistamos a praia do Perigoso e a pedra da tartaruga ao fundo. Neste ponto da foto começamos uma descida até uma bifurcação – pra direita seguimos o contorno para Pedra do Telegrafo e o caminho de volta. Pra esquerda continuamos a descer para as Praias do Perigoso, Praia Búzios e Pedra da Tartaruga.
Passamos entre as praias do Perigoso e Praia Búzios e iniciamos a subida para Pedra da Tartaruga. A subida é rápida e inclinada. Vale super a pena chegar lá é lindo!
A descida é mais delicada e escorregadia. Eu estava com tênis de corrida em asfalto e foi bem ruim. Cheguei a pensar em descer descalço, para sentir mais confiança. Tive medo de escorregar e cair, por isso algumas vezes sentava e escorregava de bumbum para evitar uma queda. Tudo pelo tênis errado.
O caminho de volta é mais suave, justamente pelo fato de ter menos pedras. Entre o km 7 e km 8 já começamos a passar por casas de moradores da região. Agora foi a hora dos mortos e feridos pedirem um Uber de volta. Quem quiser continuar e precisar se reabastecer ou usar banheiros, nesta região tem casas que oferecem essa estrutura, banheiro por R$2,00 (07/2022), água, água de coco, refrigerantes, coisas simples que dão um levante quando a situação tá ruim…
Paramos por uns 20 min para recuperar as energias, reabastecer água e usar o banheiro. Logo partimos, mais cansados, rumo a parada final: Praia de Grumari.
Aqui vale dois recadinhos:
Entre o km8 e 9 terá uma entrada para a famosa pedra do telegrafo. Saibam que é um lugar bem legal para fotografar, mas tem que ter paciência para esperar. A filha é gigantesca, lenta e debaixo do sol – Nós não fomos desta vez.
Partimos rumo ao nosso retorno para Grumari. passamos por um lindo bambuzal, vale ressaltar que essa parte da trilha não tem tantas subidas e pouquíssimas pedras. Quem curte correr em trilhas, agora é a hora de soltar as canelas.
Seguimos por mais 4 km até o fim do nosso trailrun. Se você ficou até aqui neste post, compartilha nos comentários suas impressões, dúvidas e dicas sobre este percurso. Se quiser uma indicação de professores, me fala que conheço os melhores para indicar.
Beijocas e até a próxima!
A! O nosso primeiro treino de TrailRun junto com nossa equipe de triathlon foi na floresta da Tijuca, uns 10km dentro da mata do Horto até o Mirante onde fica a placa dedicada a Sofia (veja esse Reels). Amei! Se quiser conhecer tem um post aqui no site comentado e com fotos.