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O despertador tocou e a primeira notícia: Cortaram uns 8km da prova, a parte do Lageado estava devastado pela tempestade do dia anterior, não tinha como garantir a segurança dos ciclistas naquela região.

Quem não conhece o Lageado fica quase metade do caminho pra quem faz o percurso longo. É uma sequencia de subidas descidas curtas e desafiadoras que chegam a + de 20% de inclinação. É quase uma parede! Ao ler a notícia tive um flash de felicidade, mas só agradeci mesmo quando cruzei a linha de chegada e vocês saberão o porquê.

Domingo, 26 de setembro – Entra no fluxo e vai

O despertador tocou às 5:30 e começou o ritual que inclui uma ida ao banheiro – é claro que não vou dar esse mole de ter vontade no meio da prova, né? Me arrumei, arrumei Ritinha (minha bike), tomei um café preto puro com bisnaguinha mais banana e partimos. Foram 3 km de bike até a largada, girando bem para esquentar. O Walter, meu treinador, passou um plano de aquecimento para fazer antes da largada.

A largada

Não sei se acontece com vocês, mas momentos antes da largada meu coração fica muito mais acelerado que o normal, entro num estado de fluxo intenso. É estranhamente gostoso esse nervosismo que sinto antes da largada, mas manter a atenção neste momento é super importante para não entrar no pelotão errado, esquecer de ligar o GPS, tomar o pré-prova, abrir as garrafinhas ou até mesmo cair na largada por pura falta de atenção

Encontrei meu pelotão e entrei na baia 10 minutos antes da largada. Larguei no 3º pelotão, Alisson no 5º, alguns amigos no 4º, outros no 10º e quem não seguiu fielmente a determinação foi desclassificado e perdeu todas as estatísticas da prova. Estas estatísticas são bem legais mesmo que não esteja competindo, pois é possível ter uma ideia do seu nível em relação ao grupo. Como foi seu desempenho nas subidas, descidas e retas. Eu por exemplo, preciso melhorar na parte mais reta desta prova.

Escolha do pelotão

Você precisa largar exatamente no pelotão que a organização te colocou, caso contrário será desclassificada. Acredite, aconteceu com vários amigos.

Ano passado foi minha 1ª prova de ciclismo, não tinha nenhum tempo oficial então a organização me alocou no último pelotão. Neste ano larguei no pelotão 3 e senti, na primeira arrancada, que aquela galera não estava pra curtir e sim melhorar tempos e fazer uma prova forte.

Primeira parte da prova: Pico do Itapeva

Faltando 1 minuto para largada, tomei meu gel de carboidrato, montei, clipei um pé e respirei fundo algumas vezes, para acalmar o coração que estava na garganta. Olhei para os lados e tudo estava em câmera lenta, poucas mulheres, muitos homens, todos atentos e focados no cronometro do pórtico da largada. Pronto, chegou a hora! Dei aquele impulso, clipei o pé de primeira e pernas pra quem te quer.

Foram exatos 1,4km de reta para aquecer os músculos e quando pisquei já estava aliviando as marchas para iniciar a subida do Itapeva. Nos 20 minutos iniciais notei algo de estranho, seria o gel black com cafeína? Minha respiração muito ofegante, garganta seca, coração nem se fala de tão acelerado. Passei os minutos seguintes conversando comigo mesma para entender o que acontecia com meu corpo. É, converso comigo o tempo todo!

Me indaguei: “Aline, você já fez várias subida assim. O que está acontecendo?” e respondi: “Dormi, comi, hidratei, só tem 20 minutos de prova, não estou cansada, mas parece que o ar vai acabar”, “Pensa e resolve logo isso pra não quebrar”

Largar com um grupo forte me fez sair muito da minha zona de conforto. O ritmo deles estava bem forte pro meu habitual e ainda tinha o agravante do peso que carregava na bike (1,5l de água + os suplementos), o clima e a altitude, tudo influenciava.

Bebi água e fiz o que sempre faço quando fico cansada. Aumentei a cadência, girei, girei, girei e respirei até acalmar e voltar as condições normais. Bingo! Situação controlada. Agora é manter o ritmo planejado e voltar para prova.

Neste momento passavam por mim alguns amigos da UPRio e do Walter Tuche, como usava o uniforme da equipe o apoio era imediato. Vai por mim, é muito bom ter amigos te dando um levante e te chamando para subir num momento difícil como o Pico do Itapeva.

Tinham momentos que a inclinação dava uma aliviada, outros que doíam as coxas e, nestas horas de fluxo, vai tudo no automático. O corpo pede a cabeça executa tão rápido que nem dá tempo de pensar. É isso que o bom treinador deixa, comandos para a mente executar algo que ela já sabe que precisa fazer, mesmo não tendo estado ali antes, mas por já ter vivido situações semelhantes no treinamento.

No Km 7 a pista fica estreita demais, em mão dupla e mais perigosa porque os ciclistas que descem do Pico vem a todo vapor. Aqui um erro pode ser bem perigoso. Lembro do zunido das bikes descendo tão rápido que pareciam motos. Neste trecho tinham muitos staffs sinalizando curvas, pedindo para reduzir, avisando de perigos e desclassificando os ciclistas que pedalam na contramão nas tentativas de ultrapassagem (tanto na subida quanto na descida).

Em toda prova, mas principalmente neste ponto e no Lageado é extremamente importante seguir a regra de se manter na direita e deixar a esquerda livre para ultrapassagem. Isso evita muito acidente, acredite!

Chegada ao Pico do Itapeva

Chegando nos 11,5km o staff sinalizava perigo pedindo para reduzir a velocidade. Era um aclive de quase 10% até o Lago e uma curva bem fechada na sequência. Meu coração gelou, vi os cones se aproximando com muita rapidez, se não fossem os freios a disco estava jogada no chão como uma moça que tinha acabado de cair em cima dos cones. Por sorte, ou melhor treino, conseguir usar meu corpo para facilitar esta curva.

Em fim faltavam apenas 1km de subida até o topo e os brabos que estavam correndo para tempo desciam muito, mas muito velozes e gritando para os que estavam subindo não invadissem a contramão, um acidente assim seria horrível.

13km de muita força recompensado pelo cenário mais lindo da prova, era como se estivesse chegando do céu: O Pico do Itapeva. Algumas pessoas pararam para fotografar e hoje me arrependo de não ter feito o mesmo. Foi um momento marcante na memória da prova. Estávamos à mais de 2000m de altitude e as nuvens pareciam algodão repousando sob o vale. Aquela paz silenciou minha mente e ao mesmo tempo que respondeu a todas as minhas dúvidas. SIM. VALEU A PENA! Agora vai. Faltam apenas 83 km.

Hora de encarar a descida do Itapeva

Pode até parecer fácil descer, mas a probabilidade de queda cresce muito quando se esta numa bike em alta velocidade. Tem ciclista que passa de 80km/h. Aqui sempre, mas sempre, se mantenha a direita da pista, com distância segura do ciclista da frente, pois qualquer freiada brusca, derrapada e encostada de bike pode ser fatal. Deixe a esquerda livre para os que descem feito loucos ou experientes. Nunca se sabe quem é quem.

Reta do Parque Capivari até o Portal da Cidade

Todos temos pontos fortes e fracos. Euzinha tenho muitos em construção, mas o que preciso muito melhorar é a manutenção da velocidade na reta. Então, quando cheguei aqui nesta reta, já me infiltrei em alguns pelotões que já estavam se formando. Afinal eram 7km de reta até a descida da Serra Nova.

Mas será que o risco de estar num pelote com pessoas que não conhece vale o ganho de alguns minutos no tempo final da prova? Passei de pelote em pelote observando a dinâmica dos grupos entrando e saindo para outro quando percebia qualquer probabilidade de perigo.

Por alguns momentos fiquei sozinha, aproveitei para comer, hidratar e suplementar porque sabia que logo começaria uma nova descida e minha regra número zero é: “Nunca suplementar na descida”. Velocidade, buracos e curvas exigem 100% de atenção e mãos no drop.

Neste percurso acontece mais um momento de emoção: Passar pela largada, na concentração da galera que está fazendo o percurso curto. Aqui recebemos uma dose extra de adrenalina e motivação! É sensacional.

Descida da Serra Nova

Passei pelo portal da cidade com aproximadamente 1h15 e 31km de prova. Tudo conforme o planejado, se me perguntar qual era o planejado te digo: Era concluir a prova bem e com segurança.

Agora era encarar os 12km de descida em completa segurança, e para isso, me mantive o tempo inteiro pela direita da pista. Cheguei a alcançar 70km/h e ainda assim tinham ciclistas que passavam pela direita como flechas.

A segurança que sentia em partes se deve a Ritinha ter freios a disco (infinitamente melhor que os freios normais) e por ter professores que me ensinaram muito sobre segurança e curvas em descidas. Mas nada, nada substitui a atenção, prudência e o foco ao descer. Quando se tem um pouco mais de segurança e experiência é normal vermos ciclistas ousando mais e aí está o perigo. Desça sempre com a cautela de quem está descendo pela primeira vez e observe todas as regras de segurança.

Nos dois anos que participei do Letape em Campos do Jordão, presenciei quedas nesta serra. Neste ano infelizmente no KM 38 da Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, por volta de 8h30, o ciclista de 65 anos Fredy Tejada caiu e mesmo recebendo pronto atendimento da equipe de resgate após o acidente teve a morte confirmada pela equipe médica do hospital. Meus sentimentos a família e amigos.

Foi triste demais e muito chocante para quem presenciou e passou pelo acidente, alguns ciclistas pensaram em abandonar a prova. Acredito até que fizeram, mas aqui fica uma importante questão: ATENÇÃO, TODO CUIDADO É MUITO IMPORTANTE!

Viaduto para Santo Antônio do Pinhal

Falo para todos os meus amigos, depois de 12 km de descida você vai ver um viaduto branco, nesta hora ajusta a marcha, pois vai começar uma subida de 12,5% de inclinação. É curta, menos de 1km, mas se perder o time na troca de marchas, pode quebrar a corrente e até cair.

Um pelotão cairia super bem

Começa a pior parte da prova, pra mim. São 35km de falso plano, sobe e desce imprimindo força e velocidade, para manter um bom ritmo na prova. Tanto nesta como na prova anterior esse foi o trecho que mais pessoas me ultrapassaram, Porque? Justamente por conta dos pelotes que tem suas vantagens e desvantagens.

Vantagens: Tem pessoas para ditar o ritmo na prova e gerar vácuo, quanto a outra descansa no final da fila e assim seguem revezando. Isso poupa energia e desgaste muscular. Facilitando a subida da serra velha depois.

Desvantagem: A principal é não conhecer os demais ciclistas que estão ali contigo. Qualquer erro no pelote é acidente certo.

Durante estes 35 km peguei 3 pelotes. Um de uma ciclista da Pedal Power Brasil que passou por mim e ofereceu o vácuo. Ela estava sendo levada por um pacer (pessoa para ditar o ritmo na prova e, neste caso gerando vácuo para quem esta atrás) e sim aceitei. O ritmo estava ótimo 35 a 38 km/h, mas quando tentamos ultrapassar um outro pelote, só de boys, os rapazes forçaram não permitindo a ultrapassagem. O pacer e a menina encararam, mas eu reduzir e deixei os dois grupos se enfrentarem lá na frente sozinhos. Não sei o que deu.

Não seria nada mal ter um amigo ou conhecido passando por mim neste momento para revezarmos um pelote. Como não teve, relaxei, fui no meu ritmo. Aproveitei o falso plano para hidratar, suplementar e fazer força até o Lageado. Como planejado.

Entrada do Lageado

Uns 65km de prova até a bendita curva pra direita seguindo para o Lageado e foram um total de quase 10km (ida e volta) num percurso em mão dupla. Aqui tá valendo a máxima regra: Pedalar pela direita e manter a esquerda livre para os que querem ultrapassar não invadirem a pista de volta.

Estava super bem e por um minuto lamentei o trecho da Machadinha que estava interditado e excluído da prova, Por um minuto mesmo, porque quando virei o retorno, tinha uma subida curtinha mas bem íngreme e quando para pedalar senti uma pontada na minha coxa, no músculo bem perto do joelho. Gelei!

Gritei, um grito para minha alma, um grito dentro de mim: “Não é possível! Não posso sentir dores! Não posso sentir câimbras, não, não, não!” Lembrei, como num passe de mágica, que havia esquecido de tomar o eletrólitos na garrafinha que estava no suporte de trás. Deu frio na barriga e um certo desespero, pois faltavam quase 30km para chegada.

Peguei a garrafinha com eletrólitos e comecei a beber, mas sabia que o estrago já estava feito. Aproveitei para comer uma rapadurinha que também contém sódio e segui os 10km de falso plano (sobe e desce) até o início da serra.

Suplementação e hidratação na prova

De uma forma muito geral, vou documentar a estratégia que montei com a minha nutri Dra. Erika Santinoni que funciona bem comigo até o momento desta prova, pode ser que as coisas mudem no futuro, né mesmo?

  • 1h30 antes da prova, tomo um café da manhã normal (2 fts de pão + 1 ft fina de queijo + 1 col sopa de mel ou geleia + 1 fruta + suco fruta)
  • 30min antes uma fórmula 1 e 2 preparada pela nutricionista + creatina
  • Nos minutos que antecedem a largada 1 gel de carboidrato.

Depois que começa a prova faço assim:

  • 20min: Eletrolítico (gatorade ou sport drink ou pastilha GU diluído)
  • 40min: Gel + água
  • 1h10: Eletrolítico ou água
  • 1h20: Gel + água ou 1 bananada, paçoca + eletrolítico
  • 1h40: Eletrolítico ou água
  • 2h: bisnaguinha com recheio salgado para balancear, ou gel com água
  • 2h20: Eletrolítico ou água
  • 2h40: Gel + água ou paçoca com eletrolítico
  • 3h: Eletrolítico ou água
  • 3h20: Gel+ água ou 1 bananada ou rapadurinha com eletrolítico
  • ….. repetir a estratégia 1 gel ou paçoca ou bananada… com água a cada 40′

Quando senti a pontada na coxa, tinham passado umas 2h40 de prova e não tinha reposto nada dos sais minerais que já tinha perdido pelo suor até ali. Agora vocês entendem o tamanho do meu desespero! Qualquer coisa que fizesse dali em diante dificilmente me ajudaria e resolver o problema

Importante: O ideal é montar uma estratégia e já ir experimentando durante os treinos, pois é uma maneira bem eficiente de treinar o seu corpo para usar aquela energia consumida de maneira eficaz no dia da prova.

No post passado expliquei como é minha semana de preparação pré-prova – Se quiser dê uma olhada lá, tá bem explicadinha.

Subida da Serra Velha

Passei pelo último posto de hidratação da prova, tinha me programado para não parar em nenhum. Tomei meu gel com cafeína e mais um pouco o pórtico do Strava sinalizava o início da Serra Velha.

Fiz aquele check-list e tirando aquela contração involuntária na coxa estava tudo em ordem, mas também não tinha me arriscado pedalar em pé novamente.

Partiu! Agora que a criança chora e a mãe não escuta.

Bora girar! Aumentei a cadência e comecei a subir. Passo um, passo outro e começo a constatar que o percurso longo foi duro com todos, muita gente parando no caminho com cãibra.

Nesta parte da prova passaram por mim os rapazes e as mocinhas que ganharam a prova curta. Era o primeiro grande obstáculo da prova curta, então imagine a energia sensacional que eles emanavam do corpo…

Quase 3h de prova, beirando às 10h da manhã e o sol saiu pra valer. Esperava 11ºC na largada e uns 20ºC no final da prova, de acordo com a previsão estaria parcialmente nublado. Então fui com segunda pele e manguito.

O sol saiu com tudo e senti muito calor, suei horrores. Já estava em déficit com os eletrolíticos que não tinha reposto adequadamente na primeira parte da prova. Resultado: Cãibras, muitas cãibras!

Quando vi a placa dizendo que faltavam10km para o fim da prova. Fiquei tensa! Não sentia cãibras isoladas, todas as pedaladas que dava sentia ondas de choque no músculo da coxa. Era como se tivesse um aparelho tens com eletrodos ligados ao músculo dando choques. Bizarro!

Pensei em parar, mas se fizesse isso a prova teria acabado pra mim. Dificilmente voltaria. Então joguei um pouco de água na cabeça para refrescar, diminuir o peso e foquei em girar puxando o pedal. Assim passei a usar mais a musculatura de trás de perna e aliviando as cãibras da coxa.

Subi e as placas foram passando… Faltam 5km para fim da serra. 4km para o fim da serra e o músculo de trás da perna começou a reclamar. Faltam 3km para o fim da serra e dor, mais dor. Estava completamente no automático, com bastante dor.

Conforme passava pelas pessoas conversava para distrair. Ah, sim! A parte cardiorespiratória estava ótimo, quem reclamava pra valer eram as pernas. Quando faltavam apenas 2km para o fim da serra comecei a intercalar puxada com empurrada no pedal porque a essa altura a perna inteira estava doendo.

“Falta pouco, você vai conseguir” era o que dizia a última placa que consegui ler. O pórtico do Strava que sinalizava o fim da serra estava a poucos metros. Foi automático, levantei para fazer força e na mesma hora um grito de dor! Gritei mesmo! Foi muito dolorido. Girei o máximo que deu e pronto.

Agora um toque na marcha, coroa grande! Pesa a marcha e bora chegar!

Missão “Serra Velha” concluída!

Chegada

Um trecho de quase 3km de descida para recuperar e sentir a velocidade misturada com a satisfação de chegar até ali. Sentimento maravilhoso de vencer a serra que quase havia me vencido nos quilômetros finais. Uma injeção de ânimo que anestesiou meu corpo.

A reta final! Agora faltam só 2 km até a chegada e completamente anestesiada coloquei toda a força que sobrou naqueles pedais e a 41,8km/h cruzei a linha de chegada extasiada, com as pernas duras, se quer conseguia desclipar, encostei a cabeça no guidão e chorei.

Chorei muito! Era um misto de prazer, satisfação e muita dor! Minhas pernas pareciam uma escola de samba, os músculos mexiam sozinhos. Fiquei ali, parada e bem quietinha por uns 10 minutos. O barulho deu lugar ao silêncio, até que o choro deu lugar a um imenso sorriso que contemplava minha conquista. Meu corpo se acalmou e caminhei, como se pisasse em nuvens, até meu marido e amigos para juntos comemorarmos nosso feito nesta manhã de domingo.

Pós-Prova

Agora é a hora de comemorar! Sair da dieta, beber o que sentir vontade e aproveitar tudo que Campos do Jordão tem a oferecer.

Eu sinceramente só queria conversar, comer e descansar! Mas vou colocar aqui uma lista com alguns lugares que fui e gostei. Se você tiver mais tempo por lá, vale a pena incluir no roteiro.

Mas se eu puder te dar apenas um conselho de pós-prova é: Descanse! Passe a noite de domingo em Campos do Jordão, descanse e se programe para viajar na segunda.

A prova terminou, mas algumas questões precisam de solução.

Apesar de ter feito uma prova muito melhor do que imaginava. Tenho convicção que poderia ter sido melhor ainda.

Nas estatísticas da prova percebi que minha velocidade média aumentou em relação a prova do ano passado. Fiz boas subidas, mas perdi posições na descida e no trecho mais plano, perdendo posições. Preciso ganhar mais confiança nas descidas e perder meu receio de entrar em pelotões. Então já tenho uma meta para 2022.

E essas cãibras? Não podem ser normal. E não são. Nas semanas seguintes ao Letape fiz exames de sangue e identifiquei falta de vitaminas agora é fazer um ajuste fino com a nutricionista e melhorar o cenário para os próximas desafios.

Ficou até aqui? Então deixa um comentário, vou adora saber o que achou dessa experiência. Você já fez o Letape? Pretende fazer? Conta pra mim!

Beijos e ótimos pedais

Este post tem 2 comentários

  1. Wilson Kakuta

    Lindo texto Aline. Só posso agradecer. Estou me preparando para a minha primeira Letape.
    Saiba que esse excelente relato me ajudou muito a ter um prévio conhecimento do que vou encontrar pela frente.

    Obrigado, Wilson Kakuta

    1. Aline

      Oi Wilson! Que bacana ler seu comentário. Obrigada por escrever. Desejo uma ótima prova para você! O Letape de Campos do Jordão é maravilhoso, tenho certeza que você vai amar. Ah! não esqueça de repor o sal perdido que a serra cobra no final..rsrs.. Beijos e uma ótima prova pra você. Depois, se tiver oportunidade, me conta como foi sua experiência

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