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Um primeiro semestre marcado pelos processos de recuperação das lesões. Não estou tendo uma experiência muito boa: Pipocando muitas lesões e sonhos sendo adiados. Se posso tirar algo bom disso tudo é o aprendizado. Do que não fazer e o que melhorar no próximo ciclo para maratona. O sonho da minha 1ª Maratona acabou e as lesões continuam a me tirar do caminho.

Mal saio de uma lesão (tornozelo) e entro em outra lesão (quadril). Não consigo me recuperar 100% para seguir com meus objetivos neste primeiro semestre. A Maratona já foi adiada e já começo a ficar sem esperanças para o 70.3 Rio 2023.

Se passaram duas semanas off total para me recuperar das lesões no quadril e tornozelo. Como foi necessário iniciar protocolo com antiflamatório porque tropecei na minha cachorra. Inicio esta semana totalmente sem dor. Isso é incrível, pois há praticamente dois meses sinto dores treino após treino.

Voltando aos treinos com cautela recuperação das lesões

Não tem uma receita pronta de como voltar a treinar após o tratamento de lesão, mas para mim o fundamental deste processo é TER CAUTELA! Impossível voltar para o mesmo nível que parou. Vou contar as lições que aprendi neste ciclo “mal sucedido”. É o que sempre digo é nos erros que aprendemos. Esse é a minha terceira tentativa de retorno após processos de recuperação de lesões das tendinites no tornozelo e no quadril durante este primeiro ciclo para 1ª Maratona e 2º ciclo para Iron70.3

20ª semana de treino: Finalizando antinflamatório

O antiinflamatório terminou na terça-feira (16/05) e já reinicei na academia, terça e quinta. Decidi esperar o efeito do remédio passar para correr, pois tenho receio de forçar muito e sob efeito do remédio, não sentir dor e piorar a lesão (Todo cuidado é pouco).

Voltei a pedalar na sexta-feira (19/05) de madrugada com a equipe. Percebi que não dá para pedalar em grupo ainda, pois como o ritmo é ditado pelo pelote, muitas das vezes as arrancadas demandam de uma força de explosão que machuca a musculatura do quadril. Foi intenso, por isso decidi evitar pedalar em grupo até o quadril ficar mais estabilizado e forte…

A partir de então vou priorizar pedalar sozinha (no rolo ou nas APCCs) ditando o meu ritmo até o quadril ficar mais forte. Não vou correr o risco de mais uma recaida.

Domingo (21/05) pedalei de TT na APCC do Porto. Rodei sozinha 46km em 1h47 de pedal sem dor. Ditei o ritmo num local controlado e sem trânsito. Pude pedalar um ritmo constante e confortável dentro do possível

21ª semana de treino retornando as corridas

Agora estou pronta para voltar a correr, após 3 semanas de repouso. Alisson resolveu me acompanharm e bateu um frio na barriga. Não posso recomeçar num ritmo forte, mas ele disse que vai de leve porque também está sentindo dores no pé (fascite).

Terça-feira (23/05) Seguimos para Orla e corremos 7km, num pace de 5’32. Durante a corrida foi maravilhoso, sem dores. Mas quando o corpo esfriou foi aquele banho de água fria nas expectativas de recuperação. O quadril doeu tanto que não conseguia fazer movimentos basicos de levantar e abaixar. E agora bateu um medo de ter que parar novamente. Será que não ficarei boa ? Quanto tempo mais preciso? Fiquei até sábado parada, pedi a professora para adaptar a musculação da semana d segui o protocolo do ortopedista: “aplicar gelo por 20min no quadril e tornozelo”. Foram + 4 dias de descanso, gelo e fortalecimento.

Sábado (28/05) voltei a correr, só que desta vez na esteira. Queria controlar o ritmo bem leve. Trotei 40 minutos com pace acima de 6. Foi no estilo robozinho passadas curtas, cadência alta e ao terminar nenhuma dor.

Domingo (28/05) repeti a dose do que estava funcionando. Fui para APCC pedalei apenas 15 km e trotei 40 minutos na esteira no pace paquera (acima de 6min/km) e mais uma vez: Nada de dores!

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Agora é como se estivesse começando do Zero. Com trote, fortalecimento, alongamento e aos poucos vou progredir e voltar a correr, pedalar e nadar SEM DOR (meu objetivo atual)

22ª semana de treino repetir e controlar o que está funcionando

Devagar e com calma as coisas começam a se estabilizar. Percebi que se eu correr ou pedalar de forma constante, solta e sem fazer força ou mudar bruscamente de posição não machuco as estruturas do quadril nem do tornozelo. Perceber isso foi um alivio e uma luz no fim do túnel. É aquela velha história: é preciso recomeçar devagar e ir progredindo aos poucos.

Iniciei a segunda (29/05) com um trote de 30 minutos na esteira de casa: 4,85km. Sem dor veio a vontade de acelerar mas aquela voz interior diz: “Segura tua onda ou vais ficar de repouso novamente”

Terça (30/05) sigo com o plano de musculação + 35min de trote na esteira: 5,10km. Quarta descanso e Quinta vou pular e torcer pro meu mengão no maracanã, quem conhece sabe que ir torcer no maracanã vale com um treino forte;

Sexta (02/06) musculação + Trote de 34min e 4,91km e domingo (04/06) um pedal controlado na APCC de 57,22km em 1h44

aline corrida
ALINE PEDAL
ALINE NATACAO
ALINE MUSCULACAO

31,11km

Corrida

150,87km

Ciclismo

0 m

Natação

360mim

Força

Dia de alta com Ortopedista

Na sexta já tinha uma noção do que estava funcionando na minha recuperação. Como tinha consulta marcada com Ortopedista, Dr. Felipe Machado, queria e precisava saber até onde posso forçar a corrida. Ele disse: Agora você está aprendendo a dosar o que pode, não pode e o que consegue fazer! Aliado a isso você precisa:

  • O Gelo é seu aliado use-o sem moderação, sempre após os treinos e a qualquer momento que tiver disponibilidade.
  • Siga com seu fortalecimento, mobilidade e faça alongamentos, não imediatamente após os treinos por que não é bom, mas em um outro período do dia.
  • Agora que você encontrou o ritmo que você consegue correr sem sentir dor. Aprenda a dosar a intensidade e a medida em que seu corpo vai se fortalecendom você vai aumentando o ritmo gradativamente.
  • Agora com ajuda do seu treinador vá voltando a vida “normal” e quando precisar sabe onde me encontrar!

Lá vai a pergunta: Quero fazer o 70.3 daqui um mês. Posso?

Nesta consulta com o Dr. Felipe disse que queria tentar fazer o 70.3 do Rio que vai acontecer daqui há um mês. Expliquei que minha intenção não é buscar recorde pessoal, mas curtir a prova que promete ser linda. Mas queria saber o quão grave minha situação poderia ficar se embarcasse nessa aventura.

A resposta foi bem clara e direta: “Você pode fazer, não vai romper ligamentos ou sair da prova precisando de uma cirurgia, mas não será uma prova boa. Vai ter dor!”. Imagina fazer uma prova sem treinar direito. É ruim né?! Agora imagina uma prova sem treinar e lesionada. Bem pior.

Então, foi com muito pesar, que entrei em contato com a organização para resgatar o valor pago pela prova. Recebi em forma de crédito numa nova inscrição em 2024. Graças a Deus que consegui! O prazo limite para essa transação é 30 dias antes da realização da prova.

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