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Tudo que me trouxe até este momento de Recuperar e ajustar me traz também o dilema entre praticar um esporte de forma saudável e o excesso de treinos que lesiona. Buscar o tal ponto de equilíbrio passou a ser a minha meta desde meu Iron 70.3 de 2022.

Estou numa semana de recuperação pós-lesão nos tendões fíbulares, uma tendinite. Mas há 3 anos, desde 2020, venho sofrendo de vários tipos de lesões. Cada uma num lugar diferente, sempre uma novidade e algo para me preocupar. Ora é a posição da bike que machuca meu pescoço, ora o tênis que machuca meu joelho. Ora é a panturrilha, quadril, lombar, pé… Cansei de tratar o problema. Quero solução.

Tenho orientação médica de ortopedista, fisioterapia, nutricionista, médico do esporte, cardiologista, um treinador que prepara minhas planilhas de treinamento, mas nunca tive um Preparador Físico. Alguém para me orientar na musculação, analisar minha estrutura física e deixá-la compatível para suportar minha carga de treino.

Semana para recuperar e ajustar

Já são duas semana sem correr. Terminei os 5 dias de anti-inflamatório e continuo fazendo gelo 3x ao dia. Na fisioterapia estamos trabalhando medidas antinflamatórias para melhorar a dor nos tendões fibulares com ultrasson, tens (um choquinho), mobilidade, liberação e como o inchaço e a dor já reduziram bastante iniciei alguns exercícios específicos para melhorar a mobilidade do tornozelo. Espero e torço muito para na próxima semana voltar a correr.

Sigo pedalando, nadando e fazendo musculação, mas sinto que falta algo. Sempre que me lesiono volto a um estágio que pensava já ter superado. Quem pratica esporte entende o que estou falando. É muito ruim ficar sem treinar!

Nestes dias de recuperação voltei a pedalar com a TT no rolo e minha cervical começou a doer novamente, já tive uma lesão na cervical e precisei fazer várias adaptações nos meus treinos por conta dela! Também estou com dores no pé, no quadril e cansada de viver tratando dores. Quero praticar meu esporte de forma ativa e sem este tipo de dores que causam lesões. Será pedir muito?

Qual o ponto de equilíbrio entre esporte e saúde?

Vou contextualizar o meu caso. Antes dos 35 anos tinha uma vida parcialmente ativa, fazia trilhas, caminhava, ia pedalando para o trabalho e entrava/saia da musculação. sem rotina de treinos, estava mais para uma pessoa que curtia a natureza e se mantinha ativa aos finais de semana com a família.

De repente comecei a correr aos 35 anos, fiz minha primeira meia maratona aos 36 anos. Aprendi a nadar aos 37, meu primeiro Aquathlon foi aos 39 e aos 41 anos meu primeiro Iron 70.3.

De caminhante dos finais de semana para atleta amador que treina de 2 a 3 vezes ao dia, 7 dias na semana parece bom. Mas a verdade é que passei a vida inteira quase sedentária e meu corpo musculo-esquelético por 35 anos não foi preparado para ser um atleta amador. Então se não quero ter lesões preciso dedicar um tempo para prepará-lo adequadamente.

Numa consulta de rotina com o cardiologista, conversei sobre esse dilema e meu médico sugeriu fazer alguns exames específicos para verificar meu condicionamento atual e assim programar meus treinos de forma mais específica e personalizada para o meu estado físico atual. E ainda tentar detectar eventuais riscos a saúde.

Fiz vários exames de sangue (rotina), Cardiopulmonar, Eletro, Ecocardiograma, ultra abdomem total e das Carotidas que constataram exatamente isso: Meu coração e pulmão estão ótimos, meu problema e fazer o corpo musculo-esquelético acompanhá-los.

Programa de Diagnóstico CardioPulmonar do Exercício

Esse exame foi essencial para virar a chave e entender meu real problema. Tais como: Minhas capacidade aeróbica máxima, as zonas de treinamento (leve, moderado, forte, máximo), Quais eram meus riscos cardíacos e minha capacidade respiratória.

Descobri que meu coração e pulmão estão sobrando. Tenho boa eficiência ventilatória (inspiro uma boa quantidade de ar oxigênio e expiro com eficiência o dióxido de carbono). A capacidade aeróbica é eficiente e nestes quesitos tenho condições de ir além. De melhorar através do treinamento, mas então qual o problema?

Se tiver curiosidade para ver como é o resultado do exame Cardiopulmonar do Exercício, clique aqui.

Na conversa de feedback para entender os achados do exame, o Fisiologista do esporte avaliou toda minha vida esportiva e concluiu que essa minha busca por um equilíbrio entre esporte e saúde, sem lesões está mais ligada a questões de mecânica, músculoesquelético e preparação física para adequar força e preparar o corpo para o meu tipo de esporte.

Comecei aos 35 anos minha vida na corrida e logo iniciei uma rotina mais intensa no triatlhon, meu corpo não estava preparado para executar movimentos repetitivos e intenso. O aumento de volume e a intensidade são os principais causadores das minhas lesões uma vez que minha estrutura não é capaz de suportar no momento.

O Meu coração e pulmão estão bem e aguentam, mas meus músculos, tendões, facia, ligamentos… precisa de uma preparação específica para o esporte que estou praticando. Descobri que meu treinamento para musculação está mais indicado para um marombeiro fisioculturista do que para um triathleta. Tenho muito volume e repetições em exercícios isolados que não são acionados durante a execução do meu esporte.

Estou com desequilíbrio de força, encurtamento nos músculos e mais um monte de coisa que preciso ajustar junto a um profissional. Não posso ter uma série de musculação generalizada, aquelas que os professores da academia fazem para todo mundo. Preciso montar minha série de musculação (condicionamento físico) baseado no meu objetivo e na minha rotina: Ter mais saúde e praticar o triathlon sem me lesionar.

Se quiser saber como foi e mais detalhes sobre esse teste, veja essa postagem: Tudo sobre meu teste cardiopulmonar

Ajuste fino – Próximos passos

Preciso investir num treinamento de musculação adequado para meu esporte, já estou a procura. Perto da minha casa tem a BIOs Academia com um serviço totalmente personalizado. Vou iniciar a avaliação com eles e descobrir se tenho solução. rs.

Semana que vem conto como foi a avaliação e quais as soluções propostas, programa de treinamento e exercícios para me colocar nos eixos. Sempre achei que era apenas ir e fazer a tal musculação, mas não é tão simples assim. Como o fisiologista falou, tenho um histórico de iniciar a vida ativa tarde após dos 35 anos. Na minha juventude não fiz as adaptações musculoesquelética necessárias para o esporte que pratico hoje. Aliás para nenhum esporte. Então preciso fazê-las agora e gradativamente alcançarei meu objetivo: Praticar meu esporte de forma ativa e sem dores que causam lesões.

Volume de treino nesta 12ª Semana

aline corrida
ALINE PEDAL
ALINE NATACAO
ALINE MUSCULACAO

0km

Corrida

121,3km

Ciclismo

3500m

Natação

120mim

Força

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