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Sempre ouvi falar da Síndrome Do Impacto Iliotibial, mas nunca pensei que aconteceria comigo. Desde o primeiro sintoma até realmente procurar um médico foram 41 dias preciosos que perdi de treinamento para o meu primeiro Ironman70.3 que estava inscrita para realizar em Florianópolis. Até hoje me pergunto porque demorei tanto para procurar um médico.

Achei que com um pouco de descanso meu joelho milagrosamente melhoraria. Estava prestes a vivenciar a lesão mais complicada que vivi até hoje, vem que vou contar um pouco sobre este triste momento na minha vida.

Se quiser entender como os primeiros sintomas surgiram leia o post: Dor na lateral do Joelho!

A consulta com especialista

Procurar um médico especialista em esporte é essencial, mas porque especialista em esporte? Sempre digo que eles são mais compreensivos com os atletas por entenderem nossa paixão e por estarem tratando e vivenciando rotineiramente casos como o nosso. E o mais importante: só serão conservadores se realmente for necessário.

Todo corredor e esportista precisa ter um Ortopedista de confiança, ainda mais quando os quarenta vai avançando. E na nossa condição de atleta amador, quando a idade vai avançando é importante ter atenção mais atenção com a saúde dos ossos, músculos, articulações e tendões (esse último é o meu grande problema).

Sempre recebo mensagem pedindo indicação do meu Ortopedista, então vou aproveitar esse espaço para colocar os contatos dele. Ah! Atenção: Não é propaganda. Apenas indicação de um ótimo médico e que custei a encontrar. Quem sabe ele pode te ajudar também. Então tá aí embaixo:

Dr. Arthur Azevedo – Ortopedista e traumatologista – Medicina Esportista

Consultórios no Leblon: 21984942578 e Barra da Tijuca: 21964979360

Dr. Felipe Machado – Ortopedista especialista em Pé e Tornozelo

Consultório em Botafogo: 2130032608 e em Niterói 212722-7404

Ortopedistas esportivos
Vamos meu ao diagnóstico

Dr. Arthur me examinou e diagnosticou: Sindrome do impacto iliotibial esquerdo e pra piorar mais um pouco houve a posteorização da cabeça da fibula e limitação dorsoflexão tibio társica esquerda.

Pra quem já viveu ou está passando por uma lesão no “trato iliotibial” sabe que quando a faixa fibrosa fica excessivamente tensa gera dores pontuais e por vezes até incapacitantes na extensão da lateral da perna, que pode ser localizada no joelho, quadril, glúteo, lombar…. No meu caso a dor foi absurda no joelho e só doía após comecar a correr. Bastavam uns 2km para a dor começar e só piorava até ficar insuportável e ter que ser interrompida imediatamente.

O meu tratamento – Vem notícia ruim por aí.

Dr. Arthur começou dizendo que precisava de algumas sessões com fisioterapeuta e Osteopata além de repouso por 3 semana. Daí imaginei que fosse repousa só da corrida, mas para minha surpresa ele pediu que eu parasse de pedalar também, pois o movimento do pedal, apesar de não gerar dor, dificultava a recuperação, deixando a fácia tensa. Se eu não sentisse desconforto, poderia nadar apenas.

Quer noticia pior para uma pessoa que já é apaixonada pelo esporte? Eu pensei em tudo, mas o Iron 70.3 não saia da minha cabeça: Ferrou! Estavam faltando apenas 3 meses para ele acontecer. Como ia treinar?

Dr. Arthur me garantiu que daria tempo de tratar e fazer um treinamento rápido para prova. Será? Cenas dos próximos capítulos

O meu tratamento

Fisioterapia:

  • Fazer liberação miofascial, de TFL, não precisando ser excessivo, pois a dor pode gerar mais contratura;
  • Relaxamento e alongamento do TFL e gastroecnemios do solear e do tibial anterior com ganho de ADM para dorsiflexão tibio talar
  • Mobilidade da cabeça fibular;
  • Melhora de ativação de gluteos e TFL que estão hiperativados;

Osteopatia

  • Trabalho de correção articular e estabilização
Mas o que é esse tal de trato iliotibial?

É uma faixa fibrosa que se insere na lateral do joelho e na região do quadril. Geralmente em corredores de longa distância ou aqueles que aumentam muito o volume de treinamento ou aumentam muito a intensidade dos treinos sobrecarregam essa faixa fibrosa e quando inflama…. Sai de baixo que não adianta só parar de correr, tem que tratar para conseguir voltar a correr.

Quais as possíveis causas?

Vou listar as possíveis causas meu caso:

  • Aumento do volume de treinamento e aumento da intensidade fazendo um fortalecimento não muito específico e poucos exercícios de mobilidade;
  • Comecei a usar um tênis de Placa e existe uma enorme possibilidade do tênis novo ter inflamado o trato, seja por mudar o estilo da corrida bruscamente ou tensionar muito a musculatura;
  • Por último, o treino em superfícies inclinadas, que eu amo, mas tendem a causar maior tensão no trato iliotibial, podendo contribuir para inflamação da fácia.

Outros questões que precisam ser avaliadas:

  • Desequilíbrio biomecânico durante a corrida;
  • Para quem pedala é preciso ficar atendo a altura do selim, a posição do taco e o tamanho adequado da sua bike. O ideal é manter o bikefit atualizado.
  • A diferença no comprimento entre as pernas, rotação interna no joelho e pé plano, por exemplo.
Como foram minhas 3 semanas de tratamento

No próximo post vou contar todo processo que vivi do tratamento, mas já adianto que foi difícil tanto fisicamente quanto mentalmente. Foi preciso ajustar toda minha rotina, mudar todo tipo de treinamento, incluir uma série de alongamentos e trabalho de mobilidade, reduzir a quase zero minha atividade física, ajustar minha alimentação, acalmar minha mente e lidar com a insônia que me atacou.

Vou contar tudinho pra vocês!

Continua….

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